quarta-feira, 5 de junho de 2013

Aula de compostagem...

 Trazer a compostagem para as aulas não é uma tarefa difícil, com um pouquinho de imaginação e alguns anos de experiência, o professor Marcos Peres introduz com facilidade e maestria a disciplina assistidas pelos alunos em sala de aula. Para entendimento do processo, exemplificou a fertilização ocorrida às Margens do rio Nilo, no Egito, onde as cheias do rio carreavam grande quantidade de matéria orgânica que era depositada no solo, e assim, possibilitou o homem desenvolver a agricultura.
Em qualquer área ociosa é possível demonstrar como esse processo ocorre. Ajudados pelas chuvas dos últimos dias, podemos demostrar como a água transporta folhas e material orgânico durante o escoamento da enxurrada... A matéria orgânica existente na parte mais alta do terreno acaba se assentando nas partes mais baixas, favorecendo a visualização do solo negro resultante da deposição de humos no solo. Ação local, compreensão global.
Conhecendo o processo de carreamento e compreendendo o que é o humos, ou matéria orgânica da decomposição, passamos a mostrar como ocorre o processo de decomposição da matéria...
A compostagem aeróbica nos permite brincar com uma variação meios educacionais, no nosso caso, comparamos aspectos conhecidos da atividade humana... Uma sala pequena com um prato de comida e uma criança para comer, em dia frio... A mesma sala com vários pratos de comida e vária crianças dentro para comer. Na ação microbiológica ocorrida, a quantidade de comida favorece um aumento na quantidade de microrganismos que se alimentam fazendo com que a temperatura do composto aumente... Para comprovar, utilizamos de um termômetro de mercúrio para aferir as temperaturas. Inicialmente à temperatura ambiente, que registrava 25 °C às 16:00.
Medir a temperatura ambiente é importante para que se possa estar acompanhando as variações que ocorrem durante todo o processo de decomposição. Com o auxílio de uma ajudante da turma, anotamos os dados em uma tabela onde será registados todos os dados necessários para a avaliação do processo. 
Uma vez medida a temperatura ambiente, passamos para a leira de composto, descobrimos a parte superios da mesma, retirando uma camada de aproximadamente 5 cm do material seco e introduzimos o termômetro. Em condições controladas, dependentes da quantidade de umidade, aeração e alimento, mais a quantidade de resíduos compostados, a temperatura tende a aumentar... No nosso caso, a compostagem alcançou 50 °C, o que comparamos à uma pequena sala, cheia de crianças em um dia frio e comendo. A quantidade de ação biológica gera calor, que libera vapor d'água através da evaporação e CO² da respiração aeróbica.
Novamente anotamos a temperatura na tabela e partimos para o fechamento da leira de composto, a qual iremos acompanhar pelos próximos 90 dias... O resíduo verde resultante das sobras da cozinha são trazidos para a horta e calculados com relação ao volume... Essa medição nos permite calcular a quantidade de "lixo" que deixamos de direcionar para o aterro. Quando bem organizada a atividade, é possível zerar a destinação destes, ensinando na prática o que é preservação e sustentabilidade.
De posse da quantidade, anotamos essa na tabela para posterior comparação... As aferições podem ocorrer diariamente, se possível, em dois períodos, uma medição nas primeiras horas da manhã e outra no final da tarde. Quanto maior a quantidade de dados obtidos, maior será a nossa possibilidade de estar desenvolvendo atividades. Outra opção interessante é a possibilidade de se trabalhar com os dados no revezamento de turmas, uma vez que todos os valores estarão descritos para serem analisados por todos.
Sabendo a quantidade de resíduo verde obtido, calculamos a quantidade de material seco necessário... No nosso caso, obtivemos cerca de 7 litros de resíduo verde. Utilizando a proporção de 3 X 1, sabemos que necessitamos de 21 litros de material seco... A rotina da compostagem nos permite trabalhar os cálculos com bastante frequência, isso facilita no processo de aprendizagem.
Por fim, basta montar a última camada do composto, o qual não mais receberá resíduos... Nesse caso, Nomeamos a leira de leira n° 1... Todas as aferições acompanhadas terão seus valores descritos em uma única tabela, até que todo o processo se complete... Trazer a compostagem para a sala de aulas, ou levar a sala para a compostagem. Não importa, o importante é a participação e a aprendizagem...
Saúde, paz e boa aula à todos...