quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Educação- questão de ativismo...

Acredito no ativismo como instrumento capaz  de incorporar mecanismos de construção e intervenção de passivos promocionais de resultados. A prática ativista deve ser mais que um mero instrumento de pressão, uma vez que pode incorporar a prática no sentido de complemento da teorização num contexto à aprendizagem. Na atualidade, as "educações" oportunistas agem através de instrumentos de captação de presas, à espreita da fascinação, onde todos somos sujeitos a predação devido a extrema incapacidade perceptiva da realidade.
Essa incapacidade de percepção é redutora do processo educacional que constrói o saber, uma vez que as "Educações" mundanas visam conhecimentos relativos às necessidades promocionais de setores diversos, desconexos e individualistas. A educação para o saber tende a atender as necessidades de bem comum, à tudo e todos. Mas como trazer essa realidade para dentro da escola, uma vez que os investimentos na Educação é nulo se comparado aos investimentos nas educações mundanas?
Dentro dessa perspectiva, a possibilidade de tornar a escola atrativa é cada vez menos concreta, pois não há um exercício de fomentação da percepção do educando, nossos jovens e crianças chegam à escola com uma bagagem muito elevada de informações, o que dificulta a assimilação do conteúdo à ser ministrado, sendo que, esses atrativos de fascinação ocupam os espaços de discussão e concentração em aula, dificultando o exercício da aprendizagem. Encontrar tais instrumentos de captação da atenção é uma das propostas desse trabalho, um movimento ativista construtivo, capaz de trabalhar o senso de percepção.
A criação do espaço verde é uma alternativa funcional, porém limitada ao seu propósito de conscientização sócio-ambiental. Mas existem variações passivas da construção de sistemas ecológicos  que nos oferece grandes possibilidades de atratividade, com temáticas variadas e que não são unicamente ambientais, pois todos os temas relativos à vida humana são intimamente associáveis.
Ações podem ser pensadas de forma complementares, interligando oportunidades de dissertações múltiplas. O modo como vemos as ocorrências ao nosso redor pode nos mostrar janelas apenas, mas a percepção nos mostra a paisagem além da janela... Essa é a função do Projeto Transforma a Terra, abrir a janela para a percepção de uma nova paisagem, mais natural, mais humana, mais solidária...
Os dois fatores pensados para iniciar esse processo são comuns à todas as comunidades. A geração de lixo e a utilização dos solos urbanos. Todos nós temos uma visão social do solo, transformado em terra que suja, que contém microrganismos nocivos à saúde e que precisam ser isolados. Isso também acontece com relação às sobras das nossas atividades, ou seja, o lixo. É comum vê-lo jogado sobre o solo, pois é sujo, contaminante e necessita ser isolado.
Como percebemos nos dois casos, a visão humana é limitada à janela que as educações mundanas nos oferecem. Sabemos que, por detrás dessa janela, tem uma paisagem mais humana, mas não conseguimos perceber que basta abrir a janela, um gesto simples que pode ser muito gratificante...
E você, quer se levantar e abrir a janela?  Essa pode ser a sua chance, a paisagem aqui pode não ser tudo aquilo que aparenta, mas você pode melhorá-la.

    

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