sábado, 22 de setembro de 2012

Compostagem e irrigação.

O gostoso de se fazer um trabalho de participação é a presença e a atuação das pessoas que se identificam com um propósito comum. A prática da compostagem abre, além de um leque de ações de opções de conscientização, espaço para a prática de boas amizades e grandes descobertas. Em nossa atividade, em especial aos sábados, traçamos caminhos para o desenrolar das atividades, para a composição de estratégias e de algumas coisas mais, as quais serão descritas no desenrolar dos acontecimentos. E são nesses momentos de conversas e de acertos que descobrimos que a transversalidade dos temas são infinitos, que existem atividades, pessoas, conhecimentos e muitas outras possibilidades que se encaixam na proposta de mobilização. Para que tudo isso seja possível, é fundamental que existam pessoas que acreditam e que não medem esforços para fazer da atividade educacional, uma atividade de enriquecimento, tanto da bagagem intelectual quanto da participação.
Aqui temos o Professor Marcos, como ele mesmo disse, apaixonado na arte de educar, preparando o nosso composto, que por sinal, apresenta a sua primeira remessa pronta para a utilização completando um primeiro estágio de construção do projeto Transforma a Terra- Luíza Maria Bernardes Nory, onde parte da estrutura pensada está por se concretizar. Como eu gosto de dizer, a percepção fomenta a atitude, e a percepção é melhor quando há amor naquilo que se realiza. Hoje temos grandes perspectivas quanto as atividades que realizamos, temos um bom conjunto sendo preparado na atuação da diretoria, da coordenação e do professor Marcos, onde as atividades são experimentadas e inclusas no conjunto pedagógico. Assim essa parceria promete grandes momentos e bons materiais, realizações, conhecimentos e grandes amizades. Tudo à seu tempo, em um espaço natural de construção e evolução...   


 Um apaixonado da arte de educar.








quinta-feira, 20 de setembro de 2012

O que são as atividades.

A conscientização é um processo que ocorre através de múltiplas abordagens, através da introdução de temas transversais, através da visualização de ocorrências, da introdução da literatura, do diálogo e de outra infinidade de aspectos da interação e comunicação. Quando bem pensada, a Educação Ambiental pode acontecer de qualquer atividade que relacione a vida humana ao meio físico, a necessidade de sua existência.
Quando iniciei as minhas atividades, tinha uma consciência pré-formada de que apresentaria um tema em cada ocasião de visita, que a introdução destes temas era indispensável para que houvesse eficácia das atividades que queria desenvolver. Como o passar do tempo, descobri que existe a possibilidade de deixar a temática acontecer. Através dessa perspectiva, as atividades ficam menos monótonas, os pontos fluem em direções diversas e uma diversidade de pontos são abordados. Há um predomínio do questionamento, indefinido e espontâneo, o que facilita a promoção de diálogos mais completos. Outro ponto que acho interessante, é que divagamos na informalidade, onde a iniciativa parte daqueles que são assistidos, o que torna a discussão menos exclusivista, ou seja, cada aluno busca introduzir algum tema, uma pergunta ou mesmo uma "zooeira" como dizem. cabe ao interlocutor buscar direcionar cada pergunta ao objetivo do atividade.
A Educação Ambiental tende à ser uma atividade libertadora, penso que não há de ser pensada na preparação antecipada, mas sim de cada ocorrência, de cada visualização. E nesse sentido, a Escola Luíza Maria Bernardes Nory, através da diretoria e do corpo funcional da instituição, vêm buscando caminhos para permitir a continuidade e a expansividade dos trabalhos, através da apresentação de projetos, da busca de recursos e da apresentação de ideias, o que nos permitiu a instalação de parte do sistema de irrigação, que prontamente foi realizada junto com os alunos, em um ambiente de posses e sorrisos.    
 Assim fazemos a conscientização, pequenas ações em pequenos espaços de tempo, sem um caminho específico, mas com destino traçado... Há muitas ações pensadas, há muitas ações acontecendo, há muitas pessoas aderindo. Que sejam contínuas as nossas atividades e que nos proporcione resultados positivos. Assim acreditamos...     










E A- Liberdade e permissividade.

Como pensar a Educação Ambiental, a percepção do amor e do respeito à todas as formas de vida e ao conjunto que possibilita a existência da própria vida sem pensar o amor e o repeito à pessoa humana, ao indivíduo racionalmente social?
A racionalidade humana desenvolveu um processo de desintegração de mentalidade tão grande, que além da percepção das demais formas de vida, hoje temos a problemática da preservação da vida humana, objeto de predação da própria espécie. Nosso senso de liberdade está tão confuso que praticamos a permissividade na educação de nossos filhos, preparando estes para um caos eminente, baseados na competição e desvalorização do sujeito homem, assim ou além daquela em que vivemos.
É fato que o errar faz parte do aprendizado, que a liberdade faz parte do processo de formação da personalidade da criança ou adolescente. Mas até quando essa permissividade, contradita como liberdade é passiva de constituir sujeitos conscientes de sua função na Terra? Em um contexto de liberdade, a certeza do direito de participação ou de sua negativa é garantida, porém é limitadas à possibilidades dentro da primícia de que tal direito de participação não afetará o direito de outrem. Já na permissividade, tira-se a promoção dos direitos da coletividade e, muitas vezes, a promoção dos próprios direitos do indivíduo permitido, e assim, as consequências de tais permissividades podem ir além do dever de correção através de um simples diálogo, quando resultam em dependência química, resultam em criminalidade, em acidentes de transito, em transtornos psicológicos, em uma serie de agravantes que assistimos no dia a dia, dos quais culpamos o sistema quando nos atinge de algum modo.
Neste contexto, penso a conscientização como mecanismo de percepção da conduta dos pequenos cidadãos, acredito que a escola deve estar preparada para incluir atividades extra-curriculares e extra períodos, de forma à permitir que tais crianças e adolescentes estejam envolvidas em atividades sadias e educativas. Como sistema unitário, as ações ocorridas no meio natural são interligados e repercutem no próprio sistema, assim também acontece no meio social humano, a falta de controle das ações sociais repercutem na própria sociedade, determinando o seu desenvolvimento. Assim, aspectos como segurança, saúde, cultura, e outros mais, como a própria conservação ambiental, são passivos de serem mitigados quando há perspectivas na área da educação, quando há abertura para a utilização do potencial de criatividade e de participação destes, quando é fomentada a evolução na atuação das novas gerações. Permitir que nossas crianças aprendam, mas de forma assistida e com direcionamento para a cidadania é permitir a evolução do sistema como um todo, é permitir que nossas crianças tenham perspectivas de futuro, é permitir que façam parte do processo de criação de um novo modelo de participação social, é cuidar da preservação das vidas que podem permitir a existência de todas as formas de vida. Essa é nossa função na Terra, promover a vida...        







segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Educação Ambiental e os jovens.

Se há uma possibilidade de revisão dos conceitos humanos, essa possibilidade se encontra na formação dos indivíduos do futuro. Tão necessária quanto a formação do jovem para o mercado de trabalho é sua capacitação para exercer a liderança, de forma crítica e construtiva, com plena consciência dos desafios que lhes serão impostos.
Nesse contexto, a Educação Ambiental é um instrumento que favorece a percepção do mecanismo de socialização através da quebra de dogmas da mercantilização em prol da liberdade de realização.
Somos uma sociedade pobre no que diz respeito à destinação de espaços para a ação dos jovens, quando limitamos a sua participação no contexto de cidadania. Com isso, desperdiçamos vitalidade, raciocínio, rebeldia e força... desperdiçamos alegria, inocência e criatividade, na porção humana evoluída, pronta para as assimilações ocorrentes em seu espaço temporal.
O Projeto Transforma a Terra não é uma ação de imposição de conceitos, é apenas fomentador de percepções passivas de transformar sujeitos, quando tem por objetivo, incentivar a prática do conhecimento  através da visualização, da interação, do questionamento, da inovação da renovação.
Se há uma possibilidade de renovação, essa possibilidade parte da Educação, da fomentação do saber, da promoção da liberdade de pensar, de perceber, de compreender. Fomos nós que criamos toda a filosofia da dominação e somos nós que podemos fomentar a libertação, quando somos responsáveis por preparar nossos filhos para a "vida". Que sejam preparados para uma vida de criação, sem a cobiça da dominação, lideres da reconstrução sócio-ambiental.
Créditos das Imagens- EE Profª Luíza Maria Bernardes Nory- Projeto Transforma a Terra.  



















quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Como fazer mudas de forma fácil e barata.

Para quem deseja trabalhar a E A através da atividade em hortas, uma boa alternativa é a formação de um canteiro para a produção de sementes e posterior produção de mudas. Um pequeno quadro é suficiente para que possamos trabalhar um ciclo legal. A possibilidade de visualização do desenvolvimento da planta, a floração e colheita das sementes, a confecção dos tubetes, a preparação do substrato, o zelo diário na irrigação, ver brotar as mudas, fazer a seleção das mudas e o replantio. Todo esse processo acaba por fomentar a curiosidade, impulsiona a percepção e gera um vínculo entre a criança e natureza, e assim que que se aprende o amor à natureza.
Nas minhas atividades, muitos das atividades são testadas em minha horta, através da produção de composto orgânico que produzo. A fabricação de mudas também não é uma ideia minha, sendo que foi retirada da NET, assim como a produção em cartelas de ovos. A realização em casa me permite perceber se há a possibilidade real, compreender as necessidades, falhas e carências no processo de conscientização. Assim, como não pude apresentar os resultados da primeira experiência, ocorrida no início das atividades e em cartelas de ovos, resolvi registrar a segunda e mais participativa opção, através da confecção de tubetes com recortes de revista. Como acabei de retirar uma segunda remessa de composto em minha composteira residencial, aproveitei a produção de sementes na Associação Vila da Infância, onde as atividades estão aralisadas com relação à produção de composto orgânico por adequação dos processos, e iniciei a atividade de produção de mudas. As atividades realizadas, a postagem "semeando alface" é resultado do experimento realizado em meu "laboratório" residencial, que tem como resultado uma germinação consistente e eficaz. Segue abaixo o processo de produção dos tubetes e semeadura. 
As sementes são colhidas, limpas e selecionadas.
Como auxílio de uma rolha, faço pequenos cilindros de papel,  dobrando a base formando copinhos.
Para escolas, cada classe pode produzir 40 tubetes, dois por alunos. É um número suficiente para a formação de um canteiro com cerca de 1 m por 40cm.
Para o enchimento dos tubetes, utilizo solo comum acrescido de composto, em proporções iguais, enchendo o tubete sem compactar.
As sementes são adicionadas de 3 à 5 por tubete, através de um palito umedecido.
Depois de cheios e semeados, os tubetes são colocados em uma base de sustentação, que pode ser uma assadeira, de bolo, caixa de papelão ou madeira, ou outra base que torne a sua sustentação segura. No meu caso, utilizei um velho trilho de alumínio triplo, daqueles utilizados para a fixação de cortinas.
A irrigação é feita através de sereno, para que não se perca solo e sementes, também para não danificar o tubete, duas vezes por dia.

Em três à cinco dias, teremos as primeiras mudinhas brotando dos nossos tubetes, é só admirar o crescimento das mesmas até a hora do replante, o que ocorrerá quando a mesma estiver com cerca de quatro à seis centímetros de comprimento