sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Novos velhos canteiros.

Mesmo com o sol castigando a terra, que não tenha chovido e que nossas atividades  tenham sido prejudicadas por efeitos naturais e antrópicos, nossa retomada se deu a tempo de manter alguns aspectos já conquistados em nossa pequena área. Como as atividades não pararam por completo, as perdas são reduzidas na possibilidade de remanejamento dos canteiros, no replante de sementes colhidas dos próprios canteiros. Assim estamos colhendo sementes de uma variedade de alface que eu ainda não conhecia, de duas plantas que surgiram em canteiros de abóboras e de quiabo. Nossa produção de composto foi interrompida e a parcela pronta foi despejada em canteiros desativados para não serem perdidos, assim como os que estavam em faze inicial, que foram enterrados para não comprometer pessoas através de odores e de vetores. A atividade está sendo repensada, sendo que não encontramos motivo para a sua finalização, apenas entraves de ordem social, o que não seja impossível de se contornar através do diálogo e da conscientização de pessoas, mesmo que alheias ao processo.
Educação Ambiental é isso, conceitos e crenças se misturam em um diálogo de possibilidades onde antigos preceitos são quebrados através da introdução de novos instrumentos e de novas práticas de convivência, quando os problemas não geram conflitos, mas geram oportunidades de cooperação, análise e transformação de realidades existentes, sem que exista imposição
Hoje limpamos os canteiros, retiramos mato e experimentamos meios de melhorar a irrigação através de mangueiras e em gotejamento, pensamos os novos canteiros e eliminamos velhos. Semeamos tomatinhos cerejas e colhemos os últimos quiabos, abóboras e tomatinhos. Hoje pensamos na composteira, imaginamos como e onde estará localizada, hoje passamos o dia iniciando, reiniciando, continuando. Assim aprendemos, a fazer a conscientização, um pouco de cada vez.









 


Vila da infância- reinício.

Acertadas as pendências, agora o projeto Transforma a Terra reinicia as suas atividades na horta da Associação Vila da Infância, onde os trabalhados foram interrompidos para adequações.
Trabalhar a conscientização através do reaproveitamento dos resíduos no processo de compostagem, trabalhar a horta, iniciar um processo de educação que seja permanente e que se enquadre nas propostas da associação é o nosso principal desafio no momento, e como lutamos para ser, estamos integrando as atividades, deixando de ser um experimento para existir como atividade educacional da instituição, ainda voluntária no sentido da proposta inicial. 
Através dos mecanismos que nos são disponibilizados, estamos adequando a horta para uma melhor visibilidade, assim também, a associação está inovando, através da construção de um Site para a divulgação dos trabalhos realizados pela instituição em favor das crianças que atende.
Portanto, a partir de hoje, algumas das fotos, alguns textos e os calendários das atividades estarão sendo postados no Link  http://www.viladainfancia.com/ , agente da ação social que nos possibilita estar desenvolvendo as atividades.  A nossa função continuará como estudo de possibilidades nas duas instituições onde participamos, com a finalidade de estar descrevendo nossos pensares e nossas vontades. Assim também espero a adequação da Escola Luíza Maria Bernardes Nory, que configurará em nosso mural de atividades. 
E assim ficam as imagens da limpeza dos canteiros, das flores da alface, da rúcula e do rabanete, assim como os demais canteiros que serão trabalhados na próxima semana.
















quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Corrigindo- recomeçar...

Fato é que, as ações necessárias para uma nova postura humana na Terra são dependentes de um fator primordial e inadiável, é chegada a hora de agir e de modificar ocorrências e perspectivas. Sejamos nós, ativistas, mestres, professores, alunos, políticos ou cidadãos... somos todos pessoas, agentes da transformação que se espera. Mesmo que tenhamos perdido as bases de início, acreditamos e buscamos caminhos para recomeçar, e o melhor de tudo, é que encontramos apoio nas pessoas que possibilitam uma continuidade.
Compostar as sobras da preparação de alimentos, reciclar, transformar o pouco do solo onde plantamos, colher saúde, transformar crianças... Assim pensamos as atividades, caminhos por seis meses e assim queremos mostrar que é possível, até porque mostramos, fizemos e mudamos alguns conceitos.
Agora é correr atrás das possibilidades, buscar as parcerias necessárias para que não seja uma ação isolada e de mero ativismo. Acredito que podemos unir e transformar cada escola existente em cada comunidade, na perspectiva de formar cidadãos participativos em favor de uma educação cidadã, sem idealismo político partidário e sem uma ideologia promotora de sujeitos isolados.
Se é tempo, e é um tempo de transformação, de pensar na sustentabilidade, utilizemos os conceitos dos R's da sustentabilidade nas nossas postura quanto indivíduos do conjunto Terra, repensando as nossas condutas, recusando modismos de mero apelo consumista, reavaliando nossos hábitos e vontades, reaproveitando nosso tempo e estadia na Terra, reciclando nossos conceitos nossas vontades, recuperando nossos limites em um espaço comum.
Estamos iniciando na certeza de que essa realidade é tão importante quanto as demais realdades trabalhadas por mim e por outros agentes. Na convicção de que é uma atividade de inclusão e que irá prosperar na união de diversos atores da sociedade, afinal de contas, trabalhamos por nossos filhos e amigos de nossos filhos, pela sociedade da qual seremos parte e para com as pessoas que irão pensar,  decidir, permitir e construir o nosso futuro  e de toda a humanidade. Como seres da Terra, frutos de uma receita única e que renascem dos ciclos desta receita, temos como propiciar uma vinda positiva em nova conjunção de elementos, mas como homens, portadores da racionalidade, espiritualidade e consciência, temos um dever, apenas pela ciência de que vivemos e de que desfrutamos desta vida que nos foi dada.
Agradeça a Deus, à Terra, à vida... 

















terça-feira, 28 de agosto de 2012

Depois de corrigido...

Mudar a sociedade é uma atividade de conscientização da população, em especial,  a nova geração que surge e que configurará o futuro da Terra. Neste sentido, a introdução da prática não é mero ativismo, pois reivindica um direito de acontecer nas narrativas da teoria disciplinar e curricular da escola. Essa é a síntese da educação ambiental, a síntese da conscientização, que ocorre de pequenas ações, que promove olhares curiosos e descrentes, mas que semeia olhares, pensares e saberes.
O Tempo é o senhor da conscientização e educação ambiental é a continuidade de ações ocorridas dentro do parâmetro temporal da vida. É fato que há pensares contrários ao processo de conscientização, é fato que há convicções que descaracterizam atividades de ativismo, assim como também, desacreditam teses. Porém, fato maior é a possibilidade de integração do ativismo, conhecedor das práticas mas órfão do saber, às Teses que são defendidas, sem que exista espaço para uma ação concretizadora das suas ideologias.
Quantas Rios+20 serão necessárias para que exista um movimento capaz de unir teorias às práticas? Quando seremos capazes de compreender que existem caminhos para a mudança, tanto na área econômica, através da ação cooperada estruturada para a sustentabilidade, na área educacional através da introdução de tecnologias que promovam o aprendizado concreto, na área social, ambiental, cultural e na diversidade de áreas das interações humanas, através da consciência de somos um todo meio atrofiado pelos acúmulos aos quais nos propomos. Nossas crianças e jovens necessitam de consciência e não dos vícios que a sociedade está à lhes expor. Há de haver espaços para que estes cresçam na certeza da participação solidária e cidadã, na consciência ecológica, na sabedoria do organismo Terra e do processo de criação da vida. E é assim que se espera utilizar dos processos da educação ambiental, onde buscamos caminhos e alternativas, e no auxílio mútuo, começamos a formar uma pequena comunidade de educadores, ativistas, pensadores, pessoas que acreditam e buscam um mesmo ideal de crescimento.
Qualquer outro vislumbre, só se for por consequência...