segunda-feira, 30 de julho de 2012

Células do organismo Terra.

O que nos diferencia dos demais organismos vivos da Terra é o fato de compreendermos a síntese de criação da vida, temos uma capacidade magnifica de manipulação das estruturas da Terra.
 Pelo que tive oportunidade de ler, todos os seres vivos compartilham de uma mesma receita inicial de formação, capaz de criar aminas que se transformam em aminoácidos, os mesmos que se unem e formam proteínas, base das cadeias de DNA, que resultam na transformação das células. Alguns seres vivos são formados por uma única célula, como no caso das bactérias, outros, dispõem de agrupamento celulares, como é o caso do homem, são células que formam tecidos e que formam órgãos, constituindo aparelhos do organismo humano. O corpo é a nossa primeira casa, uma residência individual da personalidade humana. Não respiramos, não nos alimentamos e não nos hidratamos, apenas respondemos aos estímulos gerados pelas necessidades de nossas células e organizações celulares. Temos a capacidade de compreender essa realidade, mas não conseguimos distinguir, ainda, as necessidades celulares e nossas necessidades mentais. Associamos a saciação da fome ao prazer da degustação dos sabores, a saciação da sede ao frescor da água doce, associamos a respiração aos aromas da atmosfera. Muito embora seja associações, nossas necessidades são, basicamente, sentidos e sentimentos. Aromas, sabores, texturas, imagens, sons, emoções e sensações. Assim nascemos com o propósito de reconhecer a unidade composta por fragmentos interligados, assim o é a vastidão do universos, em suas estrelas e galáxias, assim o é o sistema solar e assim o é a nossa casa Terra. Compreendemos a estrutura de formação da vida e a estrutura de formação dos constituintes de um ser vivo, mas não conseguimos compreender a estrutura da personalidade humana. 
Somos mais do que seres resultantes de um efeito da criação, somos seres escolhidos para compartilhar do próprio processo de criação, quando nos foram revelados alguns de seus segredos. Fomos e ainda somos incapazes de processar tais informações, quando as utilizamos pela única e exclusiva vontade de dominar, quando buscamos tirar proveitos individuais da parcela de conhecimento que nos foi dada. Nosso nicho ecológico talvez seja, usufruir e agregar as informações que recebemos, em fragmentos de conhecimentos que tendem à se interligar para a constituição da nossa funcionalidade, e isso só ocorrerá no momento em que existir uma compreensão de que nossa casa individual, ou nosso corpo, tem as mesmas necessidades que as demais estruturas vivas e não vivas da Terra. Somos células de um organismo maior e seu funcionamento é dependente do tecido que formamos, na composição de um órgão que, talvez seja o órgão de provisão da criação. Esse é o ponto crítico da existência humana, quando temos a possibilidade de prover e a auxiliar na dádiva da criação, mas nos voltamos mais para a dominação e a extinção de habitats e de espécies, somente pelo prazer de exercer um poder fictício e limitado. Nosso nicho ecológico pode ser maior, somos receptores dos segredos da criação e os deixamos perder no egoismo das nossas vontades.      










domingo, 29 de julho de 2012

Habitat e nicho ecológico Humano.

Como população integrante da Biodiversidade da Terra, temos a necessidade de compreender como funciona o nosso meio ambiente modificado para podermos ter uma melhor compreensão das nossas ações junto à Terra e o conjunto de sua constituição.
Em um meio ambiente -no nosso caso, a área que residimos/ou as cidades- tudo o que existe tem uma finalidade, cada individuo tem uma função dentro desse ambiente, ou seja, uma ocupação a qual desempenha.
Em um meio natural, cada indivíduo também desenvolve um papel em seu meio ambiente. No meio ambiente onde uma determinada espécie vive, encontrando condições favoráveis de nutrição, procriação, moradia e segurança chamamos de habitat. O habitat humano é condicionado às necessidades de trabalho, alimentação, segurança, reprodução, lazer e outras infinidades às quais achamos necessários. Essas atividades as quais realizamos é que diferem das atividades realizadas pelos demais seres da Terra. 
Em seu habitat, cada ser vivo desempenha uma função para a manutenção do equilíbrio do meio, ou seja, chamamos de nicho ecológico. A ocupação de cada ser vivo se resume em "preservar" as condições de vida da sua espécie, assim a comunidade consegue alcançar a plenitude do seu potencial de sobrevivência. A natureza, por sua vez, se encarrega de realizar o controle deste potencial, através de uma resistência. Essa resistência é quem controla o equilíbrio do habitat com ênfase no nicho ecológico de cada espécie.
Em um meio ambiente urbano, nossas vontades trabalham como uma resistência extra, eliminando seres e condições para prover a "manutenção" das nossas vidas em nosso habitat. Somos a única espécie capaz de adaptar os mais variados habitats para a nossa sobrevivência, mas pecamos em nosso nicho ecológico, uma vez que favorecemos apenas as necessidades que achamos importantes.
O nicho ecológico humano é, pela nossa capacidade de criação de pensamentos, a manutenção das condições de vida de "todos" os demais seres e ingredientes da Terra. Talvez sejamos a parcela de maior importância dentro do conjunto, onde somos capazes de produzir sem destruir, somos capazes de captar sem eliminar e de reconstituir sem poluir. Nosso nicho ecológico foi pensado- na minha percepção- para a manutenção do sistema vivo, para a evolução da nossa população e de toda a criação terrestre, mas aprendemos a dominar e nos tornamos egoístas, ao ponto de não preservar a própria espécie, em nossa dominação dos demais recursos existentes no meio. Somos uma população capaz de criar moribundos e enfeitar habitats para a sua destruição, fomentando a desigualdade social. Nos tornamos seres tão únicos que agregamos e protegemos espaços e recursos para nosso uso exclusivo, não percebendo que não há espaço para a unidade individual de um grupo de homens, essa individualidade acaba por se tornar uma resistência à nós mesmos,"essa resistência compreende todos os fatores como a fome, enfermidades, criminalidade, desemprego, controle da liberdade, competição, além de alterações climáticas, poluição de toda a espécie, escassez de recursos naturais, redução da biodiversidade e etc, tudo o que impede o desenvolvimento do nosso potencial biótico. Então, assim acredito que somos capazes de abrir mão das nossas vontades para uma postura de maior doação, podemos trabalhar em função do reto do mundo para que tenhamos um mundo olhando por nós. É uma questão de percepção das limitações que nós mesmos nos impomos quando não exercemos nosso nicho, ou função como seres ecológicos e humanos. 









sexta-feira, 27 de julho de 2012

Meio Ambiente

Dentro da proposta de conscientização ambiental da qual trabalho, busco passar uma compreensão mais simples do contexto meio ambiente.
É muito comum que as pessoas associem o meio ambiente a algum estado, recurso ou problema existente em determinada porção que lhe é exposta, geralmente fruto da cultura social em que se inclui.
Para nós, moradores de uma cidade com grande visibilidade ecológica, o conceito de meio ambiente é muito explorado no sentido da divulgação das ações realizadas na municipalidade. Nossas crianças tem uma compreensão de um meio ambiente mais voltado à preservação da água, devido às campanhas de redução de consumo e preservação de mananciais, da preservação das florestas, fruto da conscientização sobre a necessidade de manutenção da mata ciliar e da reciclagem no processo de eliminação da quantidade de lixo que é aterrada e do fortalecimento da ação social cooperada.
Assim, temos um grande leque de propostas sendo executadas, porém uma compreensão limitada em termos de conscientização para o conjunto Terra.
Abordo a compreensão de um meio ambiente integrado, um conjunto de condições físicas, químicas e biológicas que cercam um indivíduo, assim como as limitações e as possibilidades existentes neste conjunto e que permitem a sua existência.
Nessa abordagem, um meio ambiente é variável de acordo com a sua localização geográfica, clima e constituição geológica, o que proporciona determinadas condições para a origem e permanência dos seres vivos que passam a integrá-lo. A existência dos seres vivos também é um fator de transformação e evolução de um meio ambiente, ao passo em que suas interações, adicionadas às interações físicas e químicas que ocorrem, moldam as características da comunidade biológica, beneficiando ou prejudicando a existência de determinada população em si.
Como trabalho com a conscientização sobre os malefícios causados pela geração e disposição  inadequada do lixo, as colocações são mais voltadas à compreensão do conjunto, o que inclui a necessidade de preservação de recursos naturais, o reconhecimento da necessidade da manutenção da  biodiversidade, a problemática do manejo de produtos químicos sintéticos, a relação de consumo e extrativismo e as problemáticas sociais ocorridas, quando a atividade humana é  fator de modificação do meio ambiente urbano e para toda a comunidade que compartilha esse meio, onde as consequências dessas interações afetam um meio ambiente maior, o qual é a essência da vida de todos dos os seres vivos. 






quarta-feira, 25 de julho de 2012

E A- Continuidade.

Quando pensei na proposta do Transforma a Terra, pensei em uma forma de fomentar a percepção de um mundo diferente daquele que nós estamos acostumado a ver, um olhar mais voltado para as ocorrências presentes em nosso meio, urbano e ecológico.
Nossas cidades compartilham um mesmo nascer de sol que aquece á todos os seres vivos da Terra, o mesmo céu azul que molduram as matas e as mesmas nuvens que se formam da evaporação de rios, solos e de todos os seres  vivos. Não há dia em que o sol não apareça sem fazer diferenciação do meio ao qual se faz passear.
Uma das muitas coisas que aprendi trabalhando com a conscientização ambiental é que, assim como a presença do sol, todos os demais processos ocorridos em um meio natural também ocorrem em um meio urbano, muitas vezes de forma isolada e despercebida. 
A composteira foi a fomentadora da percepção de muitos desses acontecimentos, ocorrências  que se tornaram perguntas e geraram novas percepções nas crianças que acompanharam. Passada a atividade inicial, percebi que muitas das ações desenvolvidas deveriam evoluir, e assim iniciei minhas atividades com a convicção de que, há sim, uma possibilidade de Transformar a Terra, através da transformação do indivíduo humano e das suas ações.
Continuidade é a palavra de ordem para quem quer iniciar qualquer processo de Educação Ambiental, pois o tempo é o senhor das transformações e das possibilidades. O passar do tempo favorecerá, naturalmente, que organismos vivos e meio físico, reações e reagentes aconteçam em nosso meio urbanizado, onde teremos como instigar a percepção de como é o participar da "vida" e o entendimento da nossa sobrevida, ocorrida nas nossas vontades e crenças sociais. Para um educador ambiental, participar da "vida" representa interagir com uma fantástica estrutura de inclusões, onde não há necessidades que não sejam equacionadas dentro de um sistema de cooperação. Nós nascemos adaptados para integrar essa estrutura, nascemos parte dela e ela, parte de nós.
E é assim que ser penso ser um novo modo de olhar a vida, um novo modo de participar do processo de transformação da Terra, onde não mais tenhamos a necessidade de sobreviver em nossos conceitos de exploração, em nome de uma individualidade egoísta e sem significado perante a nossa razão de existir.
Acredito que não precisamos ser melhores, que não precisamos ser maiores e de que não precisamos ser racionais. Assim o fomos até hoje e não conseguimos méritos, não conseguimos dádivas e não conseguimos aprender com nossa racionalidade. Temos apenas que ser HUMANOS, uma população que integra a comunidade viva.
Assim, a opção de participar um pouquinho da vida- onde estou aprendendo e estou adorando- me permite ver algumas imagens dos processos que ocorrem enquanto muitos optam pelo direito de sobreviver.  
  




















segunda-feira, 23 de julho de 2012

Brinquedo novo


Saindo um pouco, mas nem tanto, da finalidade das minhas postagens, achei um brinquedo muito bacana na NET e resolvi ver no que dá. Da trabalho, e assim como meus textos, também não é tão bom, mas vale a pena, como meio de conscientização.
É só para rir da brincadeira mesmo. 

O que era feio...

As vezes, penso que não há muito o que possa ser feito, pessoas aprender a sustentar seu posicionamento independentemente da razão. Mas tenho o mesmo problema... sustento meu posicionamento mesmo que-uns ou outros me dizem- tenha tudo para não dar certo!
A humanidade vive de exemplos, se inspira e acaba agindo no impulso do pensamento predominante. Assim aprendem seus filhos, pois assim agem e assim aprenderam com seus pais.
Tenho a grata certeza de que ajudei na formulação de uma proposta que já faz parte das ações municipais, e mesmo que ainda não exista a recíproca, minhas atividades são notadas, mesmo que com certo olhar de incerteza, faz pensar.
Conscientização é isso, a liberdade de perceber o que ocorre ao seu redor. Estar em um novo patamar de mentalidade onde fazemos nossas opções, onde decidimos o que queremos utilizar do meio e de que forma, decidindo o que queremos para nós e como conseguir através da atuação conjunta com a natureza.
Em um princípio de atividade, ainda na época do TCC em meu urso, realizei um plantio exótico, muitos me acharam louco e sem noção. E não foi por acaso, temos uma visão de que não é bonito, não higiênico e não é apresentável ter "vasos sanitários" no jardim. Bonito, higiênico ou apresentável é o nosso posicionamento de que aquilo é lixo!!!!!
Hoje consigo passar para alguns colegas que aqueles vasos não serão decompostos no ambiente, ainda que forem quebrados, estarão lá, até que os intemperes da natureza termine o seu trabalho. Fato ou não, foram vários meses para poder mostrar um caminho, ainda não totalmente aceito, e nesse período, minhas plantas forma exterminadas com aplicações de MATA MATO.
Hoje a realidade já é outra, meus vasos ainda sofrem as consequências da ignorância, já foram plantadas roseiras, sementes diversas e trepadeiras, mas nada vingou. Mas já é um alívio, "alguém" nota a possibilidade de mudança. Aos poucos as mentalidades vão mudando e, embora não exista uma autorização e, nem mesmo uma negativa, alguns amigos se empenham no movimento da conscientização, uns dão idéias, outros sementes e agora, já temos amigos agindo, na coleta de garrafas para a horta que surge nos alambrados da nossa guarita. Esse amigo já se tornou um praticante da compostagem em sua residência e agora, ajuda na construção da nossa horta, em nosso local de trabalho, traz sementes e ajuda a preparar as garrafas.
Por isso acredito na força do exemplo, na ação coletiva e multiplicadora. Embora ainda seja necessário "o ver para crer" em nossa cultura,  esse "ver" facilita uma migração mental para um novo visualizar, e são as pequenas atitudes as mais propícias à criar hábitos, quando trabalhadas de forma insistente e continuada.      






sexta-feira, 20 de julho de 2012

Algumas imagens- pensamento momentâneo.

Como gosto muito de observar os detalhes da natureza ao meu redor, muitas vezes lamento não optar pelo uso de uma câmera para registrar as imagens que me encantam. 
Imaginemos que nós pudéssemos utilizar de nossas árvores sem eliminar as florestas, permitindo que compartilhassem conosco a vida.
 Pudéssemos florir nos primeiros raios de sol, acolher o orvalho e apenas servir aos desígnios da simples existência.
 Acordar da preguiça de estar incorporado ao meio, na sobra de folhagens e em lençóis de flores naturais.
A Terra nos dá essa opção, florindo nossas paisagens artificiais. Tão simples e tão viçosa, apenas renasce, apenas surge, em um grito silencioso pela vida.
E não passa um dia sem que nos tenha mostrado a sua persistência, deslumbra ao por do sol, meu minuto de  concentração.
Está presente em nossos jardins, confusos entre as plantas que escolhemos para compor nossa imagem de "naturalistas". 
 No voo das cores e no seu pousar, no contraste da construção e da criação, na reflexão da luz, que nos permite definir o formato da paz, do existir. 
 A fragilidade da vida é nítida, grandes transformações e grandes vazios que produzimos, a vida finda.
O despertar da semente, a formação dos botões e o surgimento dos frutos da nossa existência.
 O que será do anoitecer da minha vida, haverá lua e estrelas ou nebulosas de tempestades, brisa úmida ou raios e vendavais?
Penso agora, o momento da minha existência. Talvez para nós, exista ainda mais alguns amanheceres...